sábado, 18 de dezembro de 2010

Bem aventurados os florianos, cultos!

“Num mundo culto temos uma conduta florida, e num mundo inculto temos discursos floridos.”

chega-te? =p

(Confúcio)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

e daí? eu adoro voar..

"(...) Gosto dos venenos mais lentos, dos cafés mais amargos, das bebidas mais fortes, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes... Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Já pensaram empurrar-me para um penhasco...E daí? EU ADORO VOAR!(...) "

(Bruna Lombardi)

domingo, 12 de dezembro de 2010

há pois é. . .

"O medo une mais os homens do que a coragem."

(C.Drummond de Andrade)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

então não?

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"

=)

(C.Veloso)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

=)

...9 de Dezembro.. És delicioso=)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Amén!

Amar é cansar-se de estar só: é uma cobardia portanto, e uma traição a nós próprios -importa soberanamente que não amemos!


(O Livro do desassossego. F.P.)

domingo, 5 de dezembro de 2010

o silêncio é quase uma mentira

"Se for fazer, faça. Diga. Pode ser desconfortável, mas pelo menos é honesto. Nestes casos, o silêncio é quase uma mentira, além de uma covardia sem tamanho. De covardes eu já estou farta. "
(Clarah Averbuck)

...tenho escrito...

"só sei que nada sei, e nem disso tenho a certeza..."

-És feliz?..
-Sabes bem que a felicidade é o conjunto de momentos bonitos que somamos todos os dias, haverá alguém que possa dizer "sou feliz intemporalmente"?
- Não sei
-não sei.... E que sabemos nós da vida afinal? somos uns miúdos... uns miúdos que moram sozinhos, que trabalham as suas dignas 8h/id, que sustentamos os nossos vícios e aventuras.. Mas não passamos de uns miúdos.. que ligam à mãe quanto sentem o vazio circunstâncial feito da ausência dos amigos quando estão todos a trabalhar...Que recebem uma mensagem do pai a dizer "que tenhas um bom primeiro dia de aulas" mesmo quando tens 23 anos e és tu quem vai pagar essas aulas=)e sabe tão bem essa curta mensagem
- Sim... somos uns miúdos
- Uns miúdos um tanto ou quanto catatónicos convenhamos.. que estas cabeças são pouco sãs...
-pouco sãs? estas cabeças encaixam bem melhor na tal catatonia do que na sanidade
-Sanidade.Oh conceito abstrato=)
- E de que te queixas afinal?
- De nada...não era uma queixa, é um desabafo...
- Então desabafa, desabafar faz bem... ficas com os olhos a brilhar quando desabafas... aliás, ficas com "olhos com sabor a reticências"
- Essa é nova, e não sei se será propriamente um elogio=)
- Não é. É uma constatação.
-Ahhh... Muito mais esclarecida
- Estavamos a falar de felicidade lembraste?
-Lembro...
-Já devia saber que tens uma memória selectiva, ou pelo menos, a expressão dessas memórias é
-Não sei muito bem o caminho que essa afirmação está a querer tomar
-Não és tu que tens uma admiração pelo lado negro?
-Lado negro não, lado lunar sff=)vamos lá manter o lirismo nesta apoteótica troca de impressões=)
-Lado lunar... seja! seja (quase sempre)feita a sua vontade!"Mostra-me o avesso da tua alma, conhecê-lo e tudo o que eu preciso"
-Isso é um pedido?
-Não.. é um ardente desejo incandescente
-"incandescente". Gosto desta palavra
-É melhor que "epifania"?
-Nada é melhor que "epifania"
-humm
-Epifania é o auge do bom gosto.. tem um je ne sais quoi que prende, soa bem
-Gostas de tudo o que soa bem?
-Tudo, tudo não, tudo é muita coisa
-Tudo, tudo é tudo, quiça coisa nenhuma
-Intenso..
-Também gosto
-=)
-já sei, "mas a epifania..."
-ahahahaha, sim, já sabes...
-somos de facto, indubitavelmente uns miúdos
-Graças a Deus!
-Também falas de Deus?
-Falo de tudo... terei notado um certo cepticismo?
-não. Terás notado uma certa renitência, Deus pode ser complicado sabes ?
-=), é...Mas como dizia o meu venerado Friedrich Nietzsche "se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico", portanto eu fico bem no meio do cepticismo e da minha questionavel fé...
-Ficas.. Ficas bem...
-Então até amanhã
-Até amanhã

yeah.. a lot..

"Men are born ignorant, not stupid; they are made stupid by education."
(Bertrand Russell)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

..não sei...

"Todos os dias agora acordo com alegria e pena.
Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.
...Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo."
(Alberto Caeiro)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Natal faz lembrar..

‎"Presentes em qualquer hora, em qualquer lugar, sob qualquer tempo, onde for preciso! Presentes... Os que surgem...Quando todos fogem!"


E porque é quase Natal,

O meu muito obrigada aos meus adorados sempre presentes...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

meus queridos..

"Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes.[...] Por isto, contudo, amo-os a todos. Meus queridos vegetais!.."

(Bernardo Soares)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

amén

"Há pensamentos que são verdadeiras orações. Em alguns momentos, seja qual for a postura do corpo, a alma está de joelhos."

(V:Hugo)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

e mais alguns!

Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo." (A.C.)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

..e tanto...

..Chove.. deixa chover...
Deixa-me pensar que dantes havia Outuno, que dantes havia tanta coisa que agora é miragem..
Deixa ser e deixa vir.. Que a chuva é límpida e o futuro também o há-de ser...

domingo, 3 de outubro de 2010

Sweet Dreams

"Sweet dreams are made of these
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something

Some of them want to use you
Some of the them wanna get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused
..."

(Annie Lennox / David Allen Stewart)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

I agree!

"Se verdadeiramente vale a pena fazer uma coisa, vale a pena fazê-la a todo o custo."

(G.K.Chesterton)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

há quem diga que é assim:

"Existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que perguntam o que aconteceu."


(John M. Richardson Jr.)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pois é

"The simplification of anything is always sensational.."
(G.K.Chesterton)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

há um cansaço...

"Há um cansaço da inteligência abstracta, e é o mais horroroso dos cansaços.
Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento e da emoção.
É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar da alma"


(Livro do Desassossego F.P.)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"porque o que importa é ser feliz!"

..caminhos.. destinos....

“- Desculpe, o sr poderia dizer-me por favor, qual caminho que devo tomar para sair daqui?- Diz a Alice
- Isso depende bastante de onde você quer chegar – disse o Gato.
- O lugar não me importa muito… – respondeu a Alice.
- Então não importa muito o caminho que vai tomar – disse o Gato.” ...


(Alice no país das maravilhas)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ode à Sandra=)

"Good friends don´t let you do stupid things ... alone" =)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Balada de um estranho....

Hoje acordaste de uma forma diferente dos outros dias
Sentes-te estranho
Tens as mãos húmidas e frias
Tentas lembrar-te de algum pesadelo
Mas o esforço é em vão
Parece-te ouvir passos dentro de casa
Mas não sabes de quem são

Deixas o quarto
E vais à sala espreitar atrás do sofá
Mas aí tu já suspeitas que os fantasmas não estão lá
Vais à janela e ao olhares para fora
Sentes que perdeste o teu centro
E de repente descobres
Que chegou a hora de olhares para dentro

Porque há qualquer coisa que não bate certo
Qualquer coisa que deixaste para trás em aberto
Qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu
E não podes deixar de sentir que o culpado és tu

Vês o teu nome escrito num envelope
Que rasgas nervosamente
Tu já tinhas lido essa carta antecipadamente
E os teus olhos ignoram as letras
E fixam as entrelinhas
E exclamas: 'Mas afinal... estas palavras são minhas!'

O caminho para trás está vedado
E tens um muro à tua frente
E quando olhas prós lados vês a mobília indiferente
E abandonas essa casa
Onde sentiste o chão a fugir
Arquitectas outra morada,
Mas sabes que estás a mentir

Porque há qualquer coisa que não bate certo
Qualquer coisa que deixaste para trás em aberto
Qualquer coisa que te impede de te veres ao espelho nu
E não podes deixar de sentir que o culpado és tu
E não podes deixar de sentir que o culpado és tu


(Jorge Palma)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Será? =$

Mónica tem 6 carácteres.
Origem do nome Mónica = Grego.
Significado Mónica : solitária.

Perfil das pessoas com a primeira letra do nome = M.
Muito ligado a família e emotivo.

Mónica preocupa-se bastante em seduzir e agradar aos outros mas não a qualquer custo, sente também uma certa desconfiança em relação aos que a rodeiam.
Trabalha bastante e com paciência para ter sucesso, sem desistir.
Na verdade, é uma perfeccionista que confia nos seus talentos. Muito sensual, tem uma atitude aberta, senso, porém, muito possessiva.


Tem muita energia e por isso deve sempre manter-se ocupado com alguma coisa.
Nos relacionamentos amorosos ou mesmo de amizade, quando se magoa, procura se recolher para dentro de si mesmo e só sai quando recebe um pedido de perdão.
Um bom conselho seria aprender a controlar seu temperamento.

Numerologia – primeiro nome = Mónica – 1
A vibração do número 1 Indica a seguinte personalidade:
REPRESENTA O PRINCÍPIO, o yang.
É o pioneiro que avança só, procurando as experiências que lhe darão sua inequívoca identidade.
Acha-se em processo de descobrir suas próprias capacidades.
É energia em seu estado natural, positivo, original e criativo, em perpétuo movimento.
Ao encontrar-se só e imbuído de sua grande energia criativa, deve decidir como tem de usar tal energia.
Toma as rédeas e tem o valor de manter o rumo sem medo à oposição.
O número 1 é o verdadeiro «Eu sou» da humanidade, a união do todo, a unidade de medida vibratória.
É autoconsciência.

Palavras chave:original, independente, agressivo, individualista, criativo, dominante; o primeiro numa série, o começo de toda operação ou atividade, o líder, o pioneiro, o chefe que detém a autoridade.

«Aquele que avança para diante».

...é.. é isso..

“Eu sou eu e as minhas circunstâncias”...


(Ortega y Gasset)

Só o Amor é real..

"A pessoa pode reconhecer a química. A atracção está lá em definitivo, mas a origem da química não é compreendida.
É ilusório acreditar que essa paixão, esse reconhecimento da alma, essa atracção sejam facilmente encontrados de novo com outra pessoa. Não se tropeça numa alma gémea todos os dias.

...

Nunca nos devemos preocupar em encontrar a alma gémea. Tais encontros são coisa do destino. Ocorrerão. Depois do encontro, reina o livre-arbítrio de ambas as partes. Que decisões são tomadas é uma questão de livre-arbítrio, de escolha. Os mais adormecidos tomarão decisões baseadas na mente e em todos os seus medos e preconceitos. Infelizmente, isto muitas vezes resulta em corações partidos."

(Brian Weiss)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E se o gato da dona Chica se chama-se Fu?

"Atirei o pau ao FU FU FU mas o FU FU nao morreu eu eu, dona Chica ca ca, assustou-se se se com berro com o berro que o FU deuuuuuuuuuu !"

terça-feira, 24 de agosto de 2010

=[

"there's always some reason to feel not good enough"

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Disarm...

Disarm you with a smile
And cut you like you want me to
Cut that little child
Inside of me and such a part of you
Ooh, the years burn


I used to be a little boy
So old in my shoes
And what i choose is my choice
What's a boy supposed to do?
The killer in me is the killer in you
My love
I send this smile over to you


Disarm you with a smile
And leave you like they left me here
To wither in denial
The bitterness of one who's left alone
Ooh, the years burn
Ooh, the years burn, burn, burn


I used to be a little boy
So old in my shoes
And what I choose is my voice
What's a boy supposed to do?
The killer in me is the killer in you
My love
I send this smile over to you


The killer in me is the killer in you
Send this smile over to you
The killer in me is the killer in you
Send this smile over to you
The killer in me is the killer in you
Send this smile over to you


(Smashing Pumpkins)

sábado, 21 de agosto de 2010

...abismadamente...

"O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem, uma corda por cima do abismo."

(F.Nietzsche)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Lei de Gerrold das dinâmicas infernais

1.Se um objecto está em movimento, está a ir na direcção errada;

2.Se um objecto está parado, está no lugar errado.

domingo, 15 de agosto de 2010

=)

"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."....F.P.


É.. às vezes... =)

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A soldado desconhecida

"Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, um jovem daqueles que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatário de juventude. Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão. Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas." Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar... Aconteceu: anteontem, Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos. Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das Josefas que são o sal da nossa terra?"

Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias



Que mundo é este em que vivemos?.. Em que só as "fardas" dos parasitas são aplaudidas, fica a pergunta, foi algum bombeiro ou bombeira condecorado no 10 de Junho? Esses não são também filhos da nação? Grandes exemplos nos surgem de forma tão sangrantemente triste! Aplaudo o artigo de Ferreira Fernandes.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

LEIS DE MURPHY

LEIS DE MURPHY

* Lei de Murphy
"Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível."

* Corolário de Murphy
"Deixadas ao acaso, as coisas tendem a ir de mal a pior."

* Constante de Murphy
"As coisas são danificadas proporcionalmente ao seu valor."

* Revisão quantizada da lei de Murphy
"Tudo dá errado ao mesmo tempo."

* Comentário de O’Toole
"Murphy era um optimista"

sexta-feira, 30 de julho de 2010

...concordo tanto...

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa não é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que eu quero fazer é o elogio ao amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Teixeira de Pascoaes meteu-se num navio para ir atrás de uma rapariga inglesa com quem nunca tinha falado. Estava apaixonado, foi parar a Liverpool. Quando finalmente conseguiu falar com ela, arrependeu-se. Quem é que hoje é capaz de se apaixonar assim?
Hoje em dia as pessoas apaixonam-se por uma questão prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão mesmo ali ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato. Por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram «em diálogo». O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornam-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-socio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que deveria ser desmedida, é na medida do possível. O amor transformou-se numa questão prática. O resultado é que as pessoas em vez de se apaixonarem de verdade, ficam praticamente apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há. Estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do «tá bem, tudo bem», tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores de romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o medo, o desequilíbrio, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso «dá lá um jeitinho» sentimental. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Por onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, fachada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassado ao pessoal da pantufa e da serenidade.
Amor é amor. É essa a beleza. É esse o perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo de ainda apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A «vidinha» é uma conveniência assassina.
O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para se perceber. O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. E é por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita. Não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que se quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar. O amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.
Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para se perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder, não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

M.E.C.

Negras como a noite...

Com mãos de veludo
Negras como a noite
Tu deste-me tudo
E eu parti

Um homem trabalha
Do outro lado do rio
Com as suas duas mãos
Repara o navio
Está sozinho e triste
Mas tem de aguentar
Já falta tão pouco
Para poder voltar

Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez

Com adeus começa
Outro dia igual
Ficou a promessa
Escondida no lençol
Negras como a noite
Vindas de outra terra
As mãos de veludo
Estão á sua espera

Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez

X.P.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

=)

Quatro soldados de diferentes países (um americano, um japonês, um espanhol e um alentejano) encontravam-se presos num campo de concentração. O sádico director do campo, disposto a divertir-se com esses pobres soldados, resolveu promover um teste:

Todos deveriam contar piadas. Se as piadas fossem boas e todos da prisão rissem (incluindo o director), as suas vidas seriam poupadas. Caso contrário, a forca seria o destino do comediante sem talento...

E chegou a vez do americano: contou uma piada engraçadíssima e todos riram, menos o alentejano.

O director, assistindo à impassividade do alentejano, clamou: "Matem esse americano sem graça!!" E lá se foi o pobre gringo...

O próximo era o japonês: contou uma piada ainda mais engraçada. Mais uma vez, todos riram, menos o alentejano.

Perante o rosto sério do alentejano, o director ordenou: "Matem esse japonês que não sabe contar piadas!"

E chegou a vez do espanhol. Assim que começou, o alentejano caiu na risada.

E passou a rir sem parar! O director, não entendendo o ocorrido, perguntou ao alentejano:

"Mas, homem, o Espanhol mal começou a contar a piada... Do que está a rir?"

- Muito boa a piada do americano!"

sexta-feira, 16 de julho de 2010

..."A lenda do cavaleiro da ascensão"

"Ascende ao teu lugar onde é tão bom estranhar o ser quando és tão mais no teu lugar perfeito onde é tão bom sentir, poder ascender ao lugar onde é tão bom usar o ser quando és tão mais. És raiz, no lugar do homem!"

sábado, 26 de junho de 2010

..saudades...=)

domingo, 23 de maio de 2010

linguisticamente falando..

Do you speak English?
~ Yes!
- Name?
~ Abdul al-Rhazib.
- Sex?
~ Three to five times a week.
- No, no... I mean male or female?
~ Yes, male, female, sometimes camel.
- Holy cow!
~ Yes, cow, sheep, animals in general.
- But isn't that hostile?
~ Horse style, doggy style, any style!
- Oh dear!
~ No, no! Deer runs too fast...

mulher do norte

Batem à porta de uma Senhora e perguntam-lhe:
- Boa Tarde. A Senhora quer ser Testemunha de Jeová?
A senhora responde:
- FUÂDA-SE!!!! Eu nem bi o acidente, carago!!!

domingo, 16 de maio de 2010

CONFISSÃO

O condenado à morte esperava a hora da execução, quando chegou o padre:

- Meu filho, vim-te trazer a palavra de Deus.
- Perda de tempo, sr padre. Daqui a pouco vou falar com Ele,
pessoalmente. Algum recado?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

"Desconfia do destino, e acredita em ti"

“Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata quando traz tudo o que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou, ainda joga; quem quase passou, ainda estuda; quem quase amou, não amou!

Basta pensar nas oportunidades que se escaparam pelos dedos, nas hipóteses que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel, por essa maldita mania de viver no Outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidades; para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor, não é romance.
Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti.
Gasta mais horas a realizar, que a sonhar...
A fazer, que a planear...
A viver, que a esperar...
Porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive, já morreu...”

L.F.Veríssimo

..é isso...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Tens dois minutos?..

"TENS 2 MINUTOS? Ou fazem-te falta? Sabes o que faz realmente falta? Mais loucura. Mais loucos. Não os grandes malucos, mas os verdadeiros, e as verdadeiras. Aqueles que perdem tempo para falar sozinhos; que vêm quadros onde os outros só vêm paredes; os aventureiros e as aventureiras que acreditam, ainda, haver qualquer coisa no fim do arco-iris. O verdadeiro poder é decidires o mundo à tua volta, questionar o estabelecido, as certezas e os costumes, para acreditar que tudo pode ser diferente. É preciso mais absurdo, mais ideias insensatas. Tu é que mandas. Se gostas de musica pirosa, gostas e pronto. Queres cantar alto no meio da rua, deixa-te ir. Se preferes não dar muito nas vistas, anda nas calmas. É preciso rir-mos e dançarmos e darmos abraços e beijinhos. O importante e levarmos tudo mais a brincar. Até as coisas sérias."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Perdi?

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram.
Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

(Miguel Sousa Tavares)

..coisas daquelas que nos fazem pensar....

Um orfanato vietnamita foi atingido por um bombardeamento.
Entre os feridos, uma menina de 8 anos. Os médicos americanos precisavam de fazer uma transfusão, mas como? Reuniram as crianças e, entre gesticulações, tentavam explicar que precisavam de um voluntário para doar sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se. Era um menino. Ele foi preparado e espetaram-lhe uma agulha na veia. Passado um momento, ele deixou escapar um soluço. O médico perguntou se estava a doer e ele negou. Mas não demorou muito e voltou a soluçar, contendo as lágrimas. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada. Foi então que apareceu uma enfermeira da região e começou a conversar com o garoto. O seu rosto ficou novamente tranquilo. A enfermeira explicou então aos americanos: “ Ele pensou que ia morrer. Não tinha entendido o que vocês disseram e pensava que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer”.

O médico aproximou-se dele e perguntou: “Mas se era assim, porque é que te ofereceste para doar o teu sangue?” E o menino respondeu simplesmente: “Ela é minha amiga”.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

"Desisto" =)

Welcome to the jungle

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para lhe facilitar a caça. Depois de alguns dias, o feiticeiro entregou-lhe uma flauta mágica que enfeitiçava os animais. Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana com destino à África, convidando dois outros amigos.
Logo no primeiro dia de caça, o grupo deparou-se com um tigre feroz. De imediato, o caçador pôs-se a tocar flauta e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa. Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se: de agressivo, ficou manso e dançou. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com vários tiros.
E foi assim até o final do dia, quando o grupo encontrou um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou, mas atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore, assistiram a tudo. Um deles observou com sabedoria: " Eu sabia que eles se iam dar mal quando encontrassem um surdo..."

Não se deve pois confiar cegamente nos métodos que sempre deram certo, pois um dia podem não dar. è bom ter sempre um plano alternativo para as situações imprevistas. Cuidado com o leão surdo.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Lado Lunar

Não me mostres o teu lado feliz
A luz do teu rosto quando sorris
Faz-me crer que tudo em ti é risonho
Como se viesses do fundo de um sonho

Não me abras assim o teu mundo
O teu lado solar só dura um segundo
Não e por ele que te quero amar
Embora seja ele que me esteja a enganar

Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser para ti eu uso um eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar

Desvenda-me o teu lado malsão
O túnel secreto a loja de horrores
A arca escondida debaixo do chão
Com poeira de sonhos e ruinas de amor

Eu hei-de te amar por esse lado escuro
Com lados felizes eu já não me iludo
Se resistir à treva é um amor seguro
à prova de bala à prova de tudo

Mostra-me o avesso da tua alma
Conhecê-lo e tudo o que eu preciso
Para poder gostar mais dessa luz falsa
Que ilumina as arcadas do teu sorriso

Não é por ela que te quero amar
Embora seja ela que me vai enganar
Se mostrares agora o teu lado lunar
Mesmo às escuras eu não vou reclamar

segunda-feira, 19 de abril de 2010

sábado, 17 de abril de 2010

E quem disse que toda a piada de Joãozinho tem que ser indecente?

(Qualquer semelhança com a actualidade de um país que conheçam, é, evidentemente, pura coincidência... De resto não liguem muito porque é (mais) uma piada do Joãozinho na escola.)

Sócrates foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado de
uma comitiva.
Depois de apresentar todas as maravilhosas realizações de seu governo,
disse às criancinhas que iria responder a perguntas.

Uma das crianças levantou a mão e Sócrates perguntou:
- Qual é o seu nome, meu filho?
- PAULINHO.

- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas:

1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?

Sócrates fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o
recreio toca, ele aproveita e diz que responderá depois do recreio.

Após o recreio, Sócrates diz:
- Porreiro Pá, onde estávamos? Acho que eu ia responder a perguntas.
Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Sócrates aponta para ele.
- Pode perguntar, meu filho. Como é o seu nome?
- Joãozinho, e tenho cinco perguntas:
1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?
4ª)Por que é que a campaínha do recreio tocou meia hora mais cedo?
5ª)Onde está o PAULINHO??

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Oh Me! Oh Life!

"Oh me! O life! of the questions of these recurring,
Of the endless traines of the faithless, of cities fill’d with the
foolish,
Of myself forever reproaching myself, (for who more foolish
than I, and who more faithless?)
Of eyes that vainly crave the light, of the objects mean, of the
struggle ever renew’d
Of the poor results of all, of the plodding and sordid crowds I
see around me,
Of the empty and useless years of the rest, with the rest me
intertwined,
The question, O me! so sad, recurring–What good amid these,
O me, O life?"
(Walt Whitman)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Os psiquiatras anestesiam-me o Amor!"

Quantos divórcios terão sido causados por excesso de serotonina e amores perdidos na fluoxetina?

Para os cínicos, para os iconoclastas, para os despegados emocionalmente e outros desventurados sempre foi fascinante o percurso que o amor tem feito em termos de decomposição química. Já lá vão quase duas décadas desde que este assunto entrou no circuito "do conversar para impressionar". Foi ali algures naquela meia dúzia de anos que mediaram o boom do Prozac e a revolução do Viagra, o período em que os jovens perderam o direito a ser miseráveis e os velhos ganharam a possibilidade de regressar em pleno às casas de alterne.

Ficámos pois a saber - esta era a versão tosca - que o amor era 'apenas' um cocktail químico no cérebro. Isso permitia alguns conselhos parvos. "Era uma vadia... e isso que sentes agora são apenas pós de perlimpimpim no cérebro, meu amigo... vais acabar por esquecê-la... imagina que atiras umas baldadas de água no hipotálamo e passas a esfregona do desprezo..." Um conselho tão imbecil como é sempre tentar animar um corno manso.

Um tipo distrai-se uns anos mas a Ciência não pára. Hoje, o cérebro já foi de tal forma scanado que não só se sabe onde está plantado o amor romântico como se compreende, por exemplo, as suas semelhanças com a adição à cocaína. As ressonâncias magnéticas demonstram que a zona estimulada é a mesma e a privação tem efeitos similares à abstinência desta droga, dado que as células do cérebro que libertam dopamina estão 'encostadas' a uma zona que 'gere' as obsessões e as pulsões. Digamos que foi uma escolha problemática para estacionar o Amor, dada a má vizinhança, com óptimos resultados para as estantes de poesia.

Alega-se: para quê saber a fórmula do chocolate se só o vamos comer? Tanto os livros como as palestras online da bioantropóloga Helen Fisher são verdadeiramente arrebatadoras na forma como explica a evolução e a vida sentimental a partir da pequena zona colorida do cérebro na ressonância magnética onde 'descobriu' o amor e que lhe permite declamar poemas esquimós, falar de templos maias, de versos sumérios com 4000 mil anos, de lembrar todos os que mataram e morrem por amor devido a um zona do cérebro que está ali a luzir numa RM.

Que bonita história esta. Não se fosse dar o caso de numa destas palestras me ter apercebido o que poderá ser um lapso nesta lógica, a primeira 'racha' nesta bela ordem amorosa na história da Humanidade detectada pela própria Dra Fisher e provocado pela dupla psiquiatras\indústria farmacêutica ao prescreverem antidepressivos de forma massiva e durante períodos prolongados a pessoas cada vez mais jovens, alterando de forma substancial a química do cérebro. A sobredosagem de serotonina suprime os circuitos de dopamina, associados ao amor e ao desejo sexual. Mais de uma equivale a menos de outra. Ela relata mesmo casos de homens que voltaram a apaixonar-se pela mulher após suspenderem a toma de antidepressivos. Alto lá!

Hoje em dia, qualquer pessoa que tenha levado uns coices da vida já trouxe para casa umas receitas de antidepressivos convencido que vai tomar um analgésico da alma. Um tunning da mioleira. E recusa-se ao desmame. Mas este é um efeito secundário que não consta na bula: "Risco de se desapaixonar pela cara-metade ou de passar pelo amor da sua vida, não o detectar visualmente e de não lhe ligar peva por ter o cérebro atafulhado em serotonina."

Ora, sôtor, em nome dos supracitados desventurados, não posso achar este detalhe despiciente ou de alguma forma passível de ser ressarcido. Exijo, contudo, ser informado brevemente do que poderei ter perdido na vida por seguir a sua medicação. Obrigado.
(LPN)

..é mais ou menos isto...

Um príncipe da arábia saudita foi estudar para a Alemanha.

Um mês depois escreveu uma carta ao pai a dizer :

-"Berlin é espectacular, o povo é muito simpático e estou a gostar de cá
estar mas, sinto-me um pouco constrangido por ir para a Universidade no
meu Mercedes dourado quando os professores viajam de comboio".

Algum tempo depois recebeu a resposta do pai numa carta 10 milhões
de dolares.

Na carta o pai dizia :

-"Pára de nos embaraçares! Compra um comboio para ti também."

sábado, 10 de abril de 2010

O CAVALO E O PORCO

Um fazendeiro coleccionava cavalos e só faltava uma determinada raça.

Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo.
Assim, atormentou o dito vizinho até conseguir comprar o animal. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:

Bem,o seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu volto cá e, caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.


Neste momento, um porco escutava toda a conversa.

No dia seguinte deram o medicamento e foram embora.

O porco aproximou-se do cavalo e disse:

Força amigo! Levanta daí, senão vais ser sacrificado!!!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.
O porco aproximou-se do cavalo e disse:
Vamos lá amigão, levanta-te senão vais morrer!
Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa! Um, dois, três.

No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse:
Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode
contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco aproximou-se do cavalo e disse:

Colega é agora ou nunca, levanta-te! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Óptimo, vamos, um, dois, três, legal, boa , agora mais depressa vai... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa !!! Tu venceste-te,

Campeão!!!

Então de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr pelo campo e gritou:
Milagre!!! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa...

Vamos fazer uma festa, vamos chamar os amigos e matar o porco!!!

Reflexão:

Saber viver sem ser reconhecido é uma arte.
Se algum dia alguém lhe disser que o seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:
Amadores construíram a Arca de Noé e profissionais, o Titanic.'

sexta-feira, 19 de março de 2010

BOCAGE QUE ERAS TÃO GRANDE

Conta-se que Bocage, ao chegar a casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal.
Chegando lá, viu um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados patos, disse-lhe:
- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos Bípedes palmípedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
Se fazes isso por necessidade, transijo... mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com a minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
E o ladrão, confuso, diz:
- Doutor, afinal eu levo ou deixo ficar os patos?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Aquela tal palavra que só existe em português... Saudade

"Depois de algum tempo aprendes a diferença,a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E aprendes que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança.E começas a aprender que beijos não são contratos,presentes não são promessas.E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobres que se leva anos para se construir confiançae apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida.Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tiradas de ti muito depressa;por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos.

Aprendes que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve,e com o que aprendeste com elas,do que com quantos aniversários tu celebraste.

Aprendes que paciência requer muita prática. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não dá o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres que ame,não significa que esse alguém não saiba amar,contudo, te ama como pode, pois existem pessoas que nos amam,mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém.Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em, algum momento, condenado.Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido,o mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, aprendes que o tempo,não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, planta o teu jardim e decora tua alma,ao invés de esperar que alguém te traga flores.E percebes que... realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida! E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"
(W.Shakespeare)

quarta-feira, 10 de março de 2010

DÁ-ME UM ABRAÇO...

Dá-me um abraço que seja forte

E me conforte a cada canto

Não digas nada que o nada é tanto

E eu não me importo


Dá-me um abraço fica por perto

Neste aperto tão pouco espaço

Não quero mais nada, só o silêncio

Do teu abraço


Já me perdi sem rumo certo

Já me venci pelo cansaço

E estando longe, estive tão perto

Do teu abraço


Dá-me um abraço que me desperte

E me aperte sem me apertar

Que eu já estou perto abre os teus braços

Quando eu chegar


É nesse abraço que eu descanso

Esse espaço que me sossega

E quando possas dá-me outro abraço

Só um não chega

(Miguel Gameiro)

segunda-feira, 8 de março de 2010

TRRIIIMM. TRRIIIMM... TRRIIIMM...

Responde o atendedor de chamadas:

'Obrigado por ter ligado para o Júlio de Matos, a companhia mais
adequada aos seus momentos de maior loucura.'

* Se é obsessivo-compulsivo, marque repetidamente o 1;

* Se é co-dependente, peça a alguém que marque o 2 por si;

* Se tem múltipla personalidade, marque o 3, 4, 5 e 6;

* Se é paranóico, nós sabemos quem é você, o que você faz e o que quer. Aguarde em linha enquanto localizamos a sua chamada;

* Se sofre de alucinações, marque o 7 nesse telefone colorido gigante
que você, e só você, vê à sua direita;

* Se é esquizofrénico, oiça com atenção, e uma voz interior indicará o número a marcar;

* Se é depressivo, não interessa que número marque. Nada o vai tirar dessa sua lamentável situação;

* Porém, se VOCÊ votou Sócrates, não há solução, desligue e espere até 2020.

Aqui atendemos LOUCOS e não INGÉNUOS! Obrigado!

DEIXA-ME RIR

Deixa-me rir
Essa história não e tua
Falas da festa, do sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou entao deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre so por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a mascara sufocante

Pois é, pois é
Ha quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor, o que vai dizer
Segunda feira

(Jorge Palma)
*

sexta-feira, 5 de março de 2010

O cão e o leopardo

Uma velha senhora foi para um safari na África e levou o seu velho cão com ela.
Um dia, estava o velho cão a caçar borboletas, e de repente, deu-se conta de que estava perdido.
Vagueando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço.
O cão pensa:
-"Oh! Estou mesmo enrascado!"
Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão por perto. Em vez de apavorar-se mais ainda, o velho cão ajeita-se junto ao osso mais próximo, e começa a roê-lo, dando as costas ao predador.
Quando o leopardo estava a ponto de atacar o cão exclama bem alto :
-Humm, este leopardo estava delicioso ! Será que há outros por aí ?
Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e esgueira-se na direção das árvores.
-Caramba! pensa o leopardo, essa foi por pouco ! O velho vira-lata quase que acaba comigo!
Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira: em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum...
E assim foi, rápido, em direcção ao leopardo. Mas o velho cão vê-o a correr na direcção do predador, em grande velocidade, e pensa:
-Aí tem coisa!
O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo.
O jovem leopardo fica furioso por ter sido ludibriado, e diz:
-"Aí, macaco! Suba nas minhas costas para ver o que acontece com aquele animal!"
Agora, o velho cão vê um leopardo furioso, vindo na sua direcção, com um macaco nas costas, e pensa:
-E agora, o que é que eu posso fazer ?
Mas, em vez de correr ( sabe que as suas pernas doídas não o levariam longe), senta-se, mais uma vez dando costas aos agressores, fazendo de conta que ainda não os viu, e quando estavam perto o bastante para ouvi-lo, o velho cão diz:
-"Onde raio está o safado daquele macaco? Estou com fome! Mandei-o ir buscar outro leopardo para mim! "


Moral da história:

Sabedoria... É daquelas tais coisas importantes que só vem com idade e experiência.

HAJA FENO =)

No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:
- Quantos rins nós temos?
- Quatro! Responde o aluno.
- Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que têm prazer em gozar os erros dos alunos.
- Traga um molho de feno, pois temos um asno na sala - ordena o professor ao seu auxiliar.
- E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.
O aluno era o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
- O senhor perguntou-me quantos rins "nós temos". "Nós" temos quatro: dois meus e dois seus. Tenha um bom apetite e delicie-se com o feno.
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento!

Às vezes as pessoas, por terem mais um pouco de conhecimento ou acreditarem que o tem, acham-se no direito de subestimar os outros...
E haja feno!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Dia mau..

Existem duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana. Contudo, no que respeita ao universo, ainda não tenho a certeza absoluta.

Albert Einstein

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A KITTY É TÃO FÓFINHA.......

O LIVRE ARBÍTRIO

Porque ando a ler umas coisas engraçadas e gosto de partilhar =), então dizia assim o grande kafka:


"Um homem é dotado de livre arbítrio e de três maneiras: em primeiro lugar, era livre quando quis esta vida; agora não pode evidentemente rescindi-la, pois ele não é o que a queria outrora, excepto na medida em que completa a sua vontade de outrora, vivendo.
Em segundo lugar, é livre pelo facto de poder escolher o caminho desta vida e a maneira de o percorrer.
Em terceiro lugar, é livre pelo facto de na qualidade daquele que vier a ser de novo um dia, ter a vontade de se deixar ir custe o que custar através da vida e de chegar assim a ele próprio e isso por um caminho que pode sem dúvida escolher, mas que, em todo o caso, forma um labirinto tão complicado que toca nos menores recantos desta vida.
São esses os tês aspectos do livre arbítrio que, por se oferecerem todos ao mesmo tempo formam apenas um e de tal modo que não há lugar para um arbítrio, quer seja livre ou servo."

(Franz Kafka, in "Meditações")

Tenho dito!

“…Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal do carácter forte, também uma ocasional vontade de se ser estúpido.”
(Friedrich Nietzsche)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

NÃO SEI POR ONDE VOU...

CÂNTICO NEGRO

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

(José Régio)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Acredito em coisas que não vejo, e há delas que nem vendo quero acreditar...

CATIVA-ME!!! por favor...

Foi então que apareceu a raposa.
- Bom dia! - disse a raposa.
- Bom dia! - respondeu delicadamente o principezinho que se voltou mas não viu ninguém.
- Estou aqui - disse a voz - debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. – Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
- Ah! Então, desculpa! - disse o principezinho.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- O que significa "cativar"?
- Vê-se logo que não és de cá - disse a raposa. - De que é que tu andas à procura?
- Ando à procura dos homens - disse o principezinho. - O que significa "cativar"?
- Os homens têm espingardas e passam o tempo a caçar - disse a raposa. - É uma grande maçada! E também criam galinhas! Aliás, na minha opinião, é a única coisa interessante que eles têm. Andas à procura de galinhas?
- Não - disse o principezinho. Ando à procura de amigos. O que significa "cativar"?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. – Significa criar laços.
- Criar laços?
- Isso mesmo - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou se não uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me cativares, passaremos a precisar um do outro. Passarás a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passarei a ser única no mundo...
- Começo a compreender - disse o principezinho. - Sabes, existe flor...creio que ela me cativou…
- É bem possivel - disse a raposa. - Vê-se de tudo à superfície da Terra...
- Oh! não é na Terra! - disse o principezinho.
A raposa pareceu ficar muito intrigada.
- Então, é noutro planeta?
- É.
- E nesse tal planeta há caçadores?
- Não.
- Começo a achar-lhe alguma graça...E galinhas?
- Não.
- A perfeição não existe...- disse a raposa.
Mas a raposa voltou a insistir na sua ideia:
- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu, caço galinhas e os homens, caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros. Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado. Mas, se tu me cativares, será como se o sol iluminasse a minha vida. Distinguirei, de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me fugir para debaixo da terra. Os teus hão-de chamar-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? Eu não como pão e, por isso, o trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me fazem lembrar de nada. E é triste. Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti. E hei-de amar o barulho do vento a roçar no trigo…
A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Cativa-me, por favor - acabou finalmente por dizer.
- Eu bem gostava - respondeu o principezinho - mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e muitas coisas para conhecer...
- Só se conhecem as coisas que se cativam - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas já feitas nos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, CATIVA-ME!

Gostei...

"Algum dia, em qualquer parte, em qualquer lugar, indefectivelmente, encontrar-te-ás a ti mesmo e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga das tuas horas..."
(Pablo Neruda)

POEMA EM LINHA RECTA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,

Eu, que que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe- todos eles príncipes- na vida...

Quem mem dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Oh princípes, meus irmãos.

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

(F.P.)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Pr´aparvalhar

Neste dia de 8/02/10 achei por bem dedicar o excesso do meu tempo livre a algo de grandioso, que conseguisse pôr fim à fome das criancinhas de África, apagar os rastos do terramoto do Haiti, livrar as mulheres das desigualdades de género, acabar com as guerras, enfim... E depois lá me lembrei de criar um blog.
Podia ter sido pior, ainda pensei em adoptar uma tartaruga, coitada da minha potencial animal de estimação. a
Abençoado sejas tu oh blog que poupaste uma tartaruga de uma vida difícil.


Perdoai-me Senhor, que não sei o que digo, às vezes sei, mas não digo.