sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Eternamente Tu

O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem principio nem fim
Meu amor, tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"NÃO DESAPAREÇAS !..."

sábado, 17 de dezembro de 2011

"Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."

(Pablo Neruda)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"Assovia o vento dentro de mim"

"Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono das minhas certezas, sou a minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate na minha cara."

(Eduardo Galeano)

MOTIVO

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.




(Cecília Meirelles)

As únicas, e são tantas, graças a Deus!

"As únicas pessoas que me interessam são as loucas, aquelas que são loucas por viver, loucas por falar, loucas por serem salvas; as que desejam tudo ao mesmo tempo. As que nunca bocejam ou dizem algo desinteressante, mas que queimam e brilham, brilham, brilham como luminosos fogos de artifícios cruzando o céu."

(Jack Kerouac)

“Só pode haver felicidade quando as coisas em que acreditamos são as coisas que fazemos”.


(Freya Stark)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

" E caso te sintas triste com alguma coisa, quero-te dizer que às vezes nós estamos em sítios onde não sabemos"

domingo, 11 de dezembro de 2011

"Se não puder voar, corra.
Se não puder correr, ande.
Se não puder andar, rasteje,
mas continue em frente de qualquer jeito."


(Martin Luther King)

sábado, 10 de dezembro de 2011

"Saber o que se espera, saber esta coisa sem fim, esta coisa, esta coisa, este emaranhado de silêncios e de palavras, de silêncios que não são silêncios, de palavras que são murmúrios. Palavras, palavras, a minha vida nunca foi senão isto, esta babel de silêncios e de palavras."

(Samuel Beckett)
"Os cientistas preferem explicar o Estado pela luta de classes, o canibalismo pela deficiência em proteínas, a guerra pelas indústrias de armamento e pelo capitalismo, a droga pela falta de amor, o crime pela frustração, e assim por diante. O ciclo cultural que nos integra culminou afinal numa gigantesca Era do Álibi. Tudo está desculpado. Ninguém tem culpa de nada.


(António Marques Bessa in ´Ensaio sobre o fim da nossa Idade´)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A austeridade, esse bicho mau!

Com a crise que se avizinha as minhas prendas de Natal este ano vão ser 'kits de sobrevivência'!


-Lata de atum do lidler + Garrafa água Penacova 0.33ml + 1/2Kg de bananas+ Rolo Papel Higénico + Sabonete Cien

Isto só para os amigos do peito.. Os outros, desculpem lá, mas não levam nada!

É a austeridade meus caros, a austeridade....

domingo, 4 de dezembro de 2011

"De vez em quando precisamos sacudir a árvore das amizades para caírem as podres"

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

"Mais a borboleta"

"Muito depende de sermos capazes de estar no momento em que estamos, sem pensarmos no que fizemos para ali estar ou nos preocuparmos para onde vamos a seguir.
Se pudéssemos ser inteiramente inteligentes, não pensaríamos senão no momento em que estivéssemos, sem expectativas. Para estarmos à espera, sem saber de quê. Anteontem, durante um segundo de um almoço de Agosto, pousou num copo uma borboleta espampanante. E logo voou, deixando-nos a falar dela.
O momento e o tempo estão tão ligados como o nosso coração e a nossa alma. Tenho a certeza que todos os dias somos visitados por lembranças do muito que nos pode acontecer, do pouco que sabemos e do pouco tempo que temos para ficar com uma pequena ideia do que tudo isto é.
Estas visitas espantosas, em que só se repara por sorte, só são bem recebidas e apreciadas, quando a nossa atenção se desliga de nós próprios e do mundo que gira dentro de nós e se vira, como se de uma casa vazia, para fora.
Há um estado activo de recepção, de estarmos prontos para o que vier, sem termos nada marcado ou expectativa nenhuma. Não se consegue ver a borboleta, se estivermos à espera dela e resolvermos: 'Agora vou estar aqui sentado, com a cabeça esvaziada, inteiramente distraído pelo que me rodeia, à espera que me apareça pela frente uma coisa maravilhosa'.
É quando se está com que se ama que se é mais visitado. Se calhar, o que atrai as visitas é a doçura da companhia e a distracção em que o amor vive. Ali."

(Miguel Esteves Cardoso, 'Mais a borboleta', in Público de 6 de agosto)
'Gostava de desaparecer um dia, sem me despedir.'

Enrique Villa-Matas.