sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Eternamente Tu
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós
O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem principio nem fim
Meu amor, tu cabes dentro de mim
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz
O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
"Assovia o vento dentro de mim"
(Eduardo Galeano)
MOTIVO
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
(Cecília Meirelles)
As únicas, e são tantas, graças a Deus!
(Jack Kerouac)
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
(António Marques Bessa in ´Ensaio sobre o fim da nossa Idade´)
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
A austeridade, esse bicho mau!
-Lata de atum do lidler + Garrafa água Penacova 0.33ml + 1/2Kg de bananas+ Rolo Papel Higénico + Sabonete Cien
Isto só para os amigos do peito.. Os outros, desculpem lá, mas não levam nada!
É a austeridade meus caros, a austeridade....
domingo, 4 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
"Mais a borboleta"
Se pudéssemos ser inteiramente inteligentes, não pensaríamos senão no momento em que estivéssemos, sem expectativas. Para estarmos à espera, sem saber de quê. Anteontem, durante um segundo de um almoço de Agosto, pousou num copo uma borboleta espampanante. E logo voou, deixando-nos a falar dela.
O momento e o tempo estão tão ligados como o nosso coração e a nossa alma. Tenho a certeza que todos os dias somos visitados por lembranças do muito que nos pode acontecer, do pouco que sabemos e do pouco tempo que temos para ficar com uma pequena ideia do que tudo isto é.
Estas visitas espantosas, em que só se repara por sorte, só são bem recebidas e apreciadas, quando a nossa atenção se desliga de nós próprios e do mundo que gira dentro de nós e se vira, como se de uma casa vazia, para fora.
Há um estado activo de recepção, de estarmos prontos para o que vier, sem termos nada marcado ou expectativa nenhuma. Não se consegue ver a borboleta, se estivermos à espera dela e resolvermos: 'Agora vou estar aqui sentado, com a cabeça esvaziada, inteiramente distraído pelo que me rodeia, à espera que me apareça pela frente uma coisa maravilhosa'.
É quando se está com que se ama que se é mais visitado. Se calhar, o que atrai as visitas é a doçura da companhia e a distracção em que o amor vive. Ali."
(Miguel Esteves Cardoso, 'Mais a borboleta', in Público de 6 de agosto)
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O que raio me anda a faltar (?)
(Coco Chanel)
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Imbecilidades
(Woddy)
P.S.- Querida imbecil, podes continuar a tentar, mas não passará disso. Tentaivas.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
A Vantagem do Esquecimento
" O esquecimento não é só uma vis inertioe, como crêem os espíritos superfinos; antes é um poder activo, uma faculdade moderadora, à qual devemos o facto de que tudo quanto nos acontece na vida, tudo quanto absorvemos, se apresenta à nossa consciência durante o estado da «digestão» (que poderia chamar-se absorção física), do mesmo modo que o multíplice processo da assimiliação corporal tão pouco fatiga a consciencia.
Fechar de quando em quando as portas e janelas da consciência, permanecer insensível às ruidosas lutas do mundo subterrâneo dos nossos orgãos; fazer silêncio e tábua rasa da nossa consciência, a fim de que aí haja lugar para as funções mais nobres para governar, para rever, para pressentir (porque o nosso organismo é uma verdadeira oligarquia): eis aqui, repito, o ofício desta faculdade activa, desta vigilante guarda encarregada de manter a ordem física, a tranquilidade, a etiqueta.
Donde se coligue que nenhuma felicidade, nenhuma serenidade, nenhuma esperança, nenhum gozo presente poderiam existir sem a faculdade do esquecimento."
(Friedrich Nietzsche, in "A Genealogia da Moral")
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Cansaço.......
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Abolição de Feriados
O 25 de Abril deve ser só considerado tolerância de ponto entre as 00H00 e as 6H00 da manhã. O 10 de Junho deve também ser eliminado, uma vez que quem manda nisto é a troika..
Contudo, creio que devemos manter-nos inflexíveis na defesa do 1 de Novembro, pois é o dia dos mortos...
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Querido S. Pedro :
terça-feira, 25 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
As Leis da Espiritualidade na India
Ninguém entra nas nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, ao interagirem connosco, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
2ª “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“.
Nada, absolutamente nada do que acontece nas nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem nas nossas vidas são perfeitas.
3ª “Toda a vez que iniciar alguma coisa é o momento certo“.
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo nas nossas vidas, é que as coisas acontecem.
4ª “Quando algo termina, acaba realmente“.
Simplesmente assim. Se algo acabou nas nossas vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor seguir em frente e enriquecer-se com a experiência.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Nada de alarmismos sim? =p
sábado, 8 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
A VERDADE SOBRE A CRISE
Por Arthur Nelson Field in "The Truth about the Slump"
RIP Jobs.. RIP
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Qual "o pensador de Rodin", está a Nica depois de uma noite laboral..
escreveu Sophia de Mello Breyner Anderson em "A Fada Oriana",
Asas?
Ter? temos, são os nossos amigos.
Aqueles que dão verdadeiro significado à palavra "confiança", que não apenas parecem nossos amigos, mas o são.
Que estão prontos a fazer o que for preciso para nos verem bem, sem cobranças.
Que não cobiçam os nossos sucessos, mas rejubilam com as nossas conquistas. Que sabem dar a mão, o ombro, a cama e o puxão de orelhas.
Que não nos traem.
Acima de tudo, que não nos atraiçoam pelas costas.
Meus amigos, obrigada, eu sei quem são *
sábado, 1 de outubro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
ALGUÉM ME EXPLICA??

Não abordando a questão estética... ...
Alguém me consegue explicar como é que é possível circular com umas "meninas" destas em Coimbra?
É que eu, que tenho um doutouramento em saltos altos sob calçada portuguesa, estranho como conseguem as fashionistas deste país aderir a esta moda. A sério, como é que descem da Rua padre António Vieira à Praça da República sem ir parar ao Mondego...
Tenho de adorar o meu bairro!
Obrigadinha, que ele faz-me falta =)
domingo, 18 de setembro de 2011
"EDUQUE O SEU FILHO PARA SER FELIZZZZZ"
"Crie filhos em vez de herdeiros."
"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"
"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
E para terminar:
"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."
(Está tão bonito que nem numa vírgula mexi, foi todinho retirado daqui:
http://valderezoconselheiro.blogspot.com)
sábado, 3 de setembro de 2011
O SÍNDROME BUZZ LIGHTYEAR
Passos & Portas têm uma convicção: Portugal deve ser o Buzz Lightyear da Europa. Tal como o delicioso boneco de Toy Story, o Portugal de Passos & Portas tem um lema: “até ao infinito… e mais além!”. Ou seja, o que Passos & Portas estabelecem como horizonte para o país é ir até ao infinito da humilhação dos pobres, obrigados a exibir os seus documentos de pobres nos guichets para o passe + ou obrigados a trabalhar de graça para receberem o rendimento social; é ir até ao infinito da liberalização das relações de trabalho, com despedimentos pagos pelos próprios trabalhadores; é ir até ao infinito do desinvestimento na saúde ou na educação, com encerramentos a eito, desqualificação dos serviços e fim da sua cobertura universal. Mas isso não satisfaz Passos & Portas. E é aí que entra o mais além. Não lhes chega o trabalho gratuito dos pobres, não lhes chega a liberalização dos despedimentos, não lhes chega a imputação às famílias dos custos da educação e da saúde. Para tudo há um adicional. Por isso Paulo Macedo não esconde uma pontinha de orgulho em reconhecer na televisão que os cortes na saúde lesarão o interesse público. E Álvaro Santos Pereira anuncia com entusiasmo e emoção que estes cortes que o Governo vai fazer são a forma de o Estado dar o exemplo.
Buzz Lightyear, que clamava com farronca “até ao infinito e mais além!”, tinha uma debilidade: não percebia que não passava de um boneco. Portas & Passos não têm sequer esse álibi: sabem que são ferramentas políticas de uma agenda social e económica mais funda. Mas a principal diferença é outra: o filme de Buzz Lightyear tem um happy end; o de Passos & Portas é uma tragédia."
(Publicado hoje no esquerda.net )
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Afinal, não é de agora...
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"
(Eça de Queirós , 1871)
cenas*
Avista um homem no chão, baixa o balão e aproxima-se:
- Pode ajudar-me? Fiquei de encontrar-me com um amigo às duas da tarde; já tenho um atraso de mais de meia hora e não sei onde estou...
- Claro... que sim! - responde o homem:
O senhor está num balão, a uns 20 metros de altura, algures entre as latitudes de 40 e 43 graus Norte e a longitude de 7 e 9 graus Oeste.
- O Senhor é enfermeiro, não é?
- Sou sim senhor! Como foi que adivinhou?
- Muito fácil: deu-me uma informação tecnicamente correcta,precisa ao pormenor mas inútil na prática. Continuo perdido e vou chegar tarde ao encontro porque não sei o que fazer com a sua informação...
- Ah! Então o senhor é médico!
- Sou! Como descobriu?
- Muito fácil: O senhor não sabe onde está, nem para onde ir, assumiu um compromisso que não pode cumprir e está à espera que alguém lhe resolva o problema.
Com efeito, está exactamente na mesma situação em que estava antes de me encontrar. Só que agora, por uma estranha razão, a culpa é minha!...
domingo, 28 de agosto de 2011
PEDIDO DE RECIPROCIDADE
-Tás a ver?? Quando tu queres, eu levanto-me!
terça-feira, 23 de agosto de 2011
O asno de Buridan
Porque gosto de paradoxos:
"Ser indiferentemente livre é não ter mais propensão a fazer uma do que outra, entre duas alternativas"
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
"Ai, sei lá, é tão fixe bater no Papa"
"Em Madrid, um bando de tolerantes resolveu mostrar mais uma vez a sua intolerância em relação ao Papa e em relação aos católicos em geral. Com atitudes, vá, pouco educadas, os tolerantes provocaram deliberadamente os jovens católicos que invadiram Madrid. Faz sentido, sim senhora: estes jovens devem estar a preparar, às escondidas, uma nova Armada Invencível destinada a espalhar a inquisição pelos quatro cantos do mundo.
Os nossos queridos tolerantes dizem que as suas provocações (eles usam um eufemismo: manifs) são a guarda avançada da laicidade. Perdão? A laicidade não legitima manifestações públicas de intolerância, de ódio puro e visceral (aquela raiva até pinga). A laicidade não é esta demonstração de desprezo pelos padrecos e beatas. Laicidade é uma questão institucional, é viver num Estado não-religioso, é viver num país cujo governo é imune a um Ayatollah ou a um Richelieu. Ou seja, a laicidade remete para o Estado, e não para a sociedade. Problema? Os nossos tolerantes têm dificuldades em separar estes dois conceitos. É por isso que não aceitam que, na sociedade, os grupos religiosos têm o direito a intervir, têm o direito às suas demonstrações públicas de fé. No fundo, a coisa tem uma explicação mui simples: os nossos tolerantes-que-não-tomam-banho-durante-uma-semana-porque-isso-é-cool-e-bom-para-o-ambiente não aceitam a mera visibilidade pública dos católicos. Na sua visão do mundo, os católicos deviam ser uma tribo clandestina, com o direito a missas em garagens ou assim . E, já agora, o argumento do dinheiro público é patético. Uma visita do Papa custa dinheiro, sobretudo no lado da segurança? A sério? Bom, sendo assim, a Espanha também não pode receber Barack Obama, Sarkozy ou o Dalai Lama, e também não pode receber uma cimeira da UE, porque tudo isso implica gastar dinheiro público. É mais honesto dizer "eu não gosto destes católicos nojentos, e não os quero na minha cidade".
Para terminar, convém reparar nas indignações selectivas destes tolerantes. Durante todo o ano, chegam notícias preocupantes das comunidades muçulmanas. A homofobia e a misoginia são fortíssimas entre os muçulmanos europeus, mas estes tolerantes não abrem a boca sobre este assunto. Conclusão? Esta gente não está preocupada com a laicidade ou com a tolerância. Estes tolerantes são apenas os bons e velhos jacobinos, e odiar o catolicismo é a sua virtude."
Foi o Henrique Raposo que escreveu, mas podia muito bem ter sido eu... =)Amén a tudo meu caro.
(http://aeiou.expresso.pt/ai-sei-la-e-tao-fixe-bater-no-papa=f668775#ixzz1VY2MbKT0)
domingo, 14 de agosto de 2011
Os sábios*
"Aquele que não se leva a sério deve estar entre os mais sábios dos sábios, e, como tal, vive a vida com suprema dignidade. Não se levar a sério significa questionar constantemente os próprios valores, trocando-os por outros sempre que isso possa enriquecer o conhecimento, mas significa principalmente encarar a vida com humor, transmitindo-o aos que o cercam como antídoto para os inevitáveis problemas do quotidiano.
As pessoas mais sábias são as que se conhecem profundamente. Quanto mais instruída é uma pessoa, menos a sério ela se leva, porque o conhecimento descoberto e adquirido torna nítidas a efemeridade de todas as coisas, a luta insana pela posse de bens materiais e a busca obsessiva da satisfação dos sentidos."
J. C. Ismael. - "Sócrates e a arte de viver"
sábado, 13 de agosto de 2011
pois são=)
(Em Busca do Grande Peixe
Meditação, Consciência e Criatividade
David Lynch)
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
CARRADAS DE ENTULHO! Elas andem aí...
Então, hoje olhei para uma pessoa, que designaria de carrada de entulho, e pensei:
"Se a mania fosse merda, opá, estavas cagadinha até aos olhos"
Como considerei este pensamento digno de grande valor, pronto, cá está a ser partilhado.
Desculpem qualquer coisinha
eu amo a minha farda=) a sério=)

Repitam comigo...
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
'eu nunca mais vou reclamar do meu trabalho'
domingo, 7 de agosto de 2011
Assim falava Zaratustra
E para mim também, para mim que estou destinado à vida, às borboletas e às bolhas de sabão, e tudo o que a elas se assemelham entre os homens, parece-me ser quem melhor conhece a felicidade.
Quando vê esvoaçar essas almas pequenas, leves e maleáveis, graciosas e brincalhonas, Zaratustra tem vontade de chorar e de cantar.
Eu só poderia acreditar num deus que soubesse dançar.
Aprendi a andar, desde então, deixo-me correr.
Aprendi a voar, desde então não preciso mais que me empurrem para mudar de lugar.
Agora sou leve, agora eu vôo, agora um deus dança em mim.
Assim falava Zaratustra."
(F.N.)
está dito... =)
As espigas
Pai, disse o menino, porque é que algumas espigas inclinam-se tanto para o chão e outras erguem-se tão para o céu? Isso quer dizer que as que se elevam são as melhores e as que estão arriadas não prestam, não é?
O pai respondeu:
Vê meu filho, estas espigas que modestamente se inclinam estão cheias de bons grãos.
As que estão orgulhosamente voltadas para o céu estão secas e não servem para nada.
As aparências podem enganar-nos todos os dias, todas as horas.
É por isso que é fundamental conhecer melhor o outro.
Ele pode ser uma pessoa decisiva na tua vida se não o julgares superficialmente.
Vai ao fundo!
E encara a aventura de desafiar as sensações negativas de uma primeira impressão.
Além das aparências pode estar escondida a mais bela alma do mundo."
sábado, 6 de agosto de 2011
"Canção de mim mesmo"
"Nunca houve tanta iniciativa como agora,
Nem tanta juventude ou experiência como agora,
E nunca haverá tanta perfeição quanto agora,
Nem tanto céu ou inferno como agora.
Ímpeto e ímpeto e ímpeto,
Sempre o fecundante ímpeto do mundo.
[...]
Existo como sou, e isso me basta,
Se nenhum outro no mundo está ciente, sinto-me contente,
E se todos estiverem cientes, sinto-me contente.
Um mundo está ciente e é de longe o maior pra mim, e esse sou eu mesmo,
E se me aproprio do que é meu hoje ou em dez mil ou dez milhões de anos,
Posso alegremente recebê-lo agora, ou com igual alegria esperar.
[...]
Sou o poeta do Corpo e sou o poeta da Alma,
Os prazeres do céu estão comigo e as dores do inferno estão comigo,
O primeiro acrescento a mim mesmo e distribuo, o segundo traduzo em uma nova língua.
(In Leaves of Grass- Walt Whitman)
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
* embeiçados***
Deforma tudo a seu jeito
Mas eu acho que o amor descobre
O lado melhor do que parece defeito"
(Clã)
domingo, 24 de julho de 2011
Sê *
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
(Pablo Neruda)
sábado, 23 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
Das Utopias *
"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!"
(Mário Quintana - Espelho Mágico)
domingo, 17 de julho de 2011
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Queres namorar comigo?
Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas
Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.
Oferece-lhe outra chávena de café com leite.
Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.
É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.
Ela tem de arriscar, de alguma maneira.
Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.
Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.
Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.
Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.
Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.
Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.
Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.
Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve."
(Texto de Rosemary Urquico, tradução “informal” de Carla Maia de Almeida)
terça-feira, 12 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Em busca de noticias para aqui comentar deparei-me com isto:
Crianças portuguesas são das que mais têm excesso de peso na Europa
De certeza que vai ser por pouco tempo, em breve serão dos mais magrinhos, é que mudei de link e dei logo com isto:
Prestação da casa sobe 40 euros com aumento dos juros do BCE
Se a isto juntarmos o aumento do IVA, o imposto sobre o o subsidio de Natal, o aumento dos combustíveis e dos transportes, a anulação de comparticipação nos medicamentos, o agravamento da taxa moderadora na saúde, a redução nas deduções para o IRS, diria mesmo que em breve as crianças portuguesas serão transparentes!
Mas o que eu acho mesmo piada é ouvir os políticos e/ou economistas dizerem que os portugueses têm que poupar mais. Poupar o quê car@l§£?
segunda-feira, 4 de julho de 2011
É?
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
Não. Cansaço por quê?
É uma sensação abstrata
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar,
Qualquer coisa como uma angústia
Por sofrer,
Ou por sofrer completamente,
Ou por sofrer como...
Sim, ou por sofrer como...
Isso mesmo, como...
Como quê?...
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço.
(Ai, cegos que cantam na rua,
Que formidável realejo
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!)
Porque oiço, vejo.
Confesso: é cansaço!...
domingo, 3 de julho de 2011
Depressivo navegante.
Daí eu reproduzo esse texto de Michel Foucault:
"A água e navegação têm realmente esse papel. Fechado no navio, de onde não se escapa, o louco é entregue ao rio de mil braços, ao mar de mil caminhos, a essa grande incerteza exterior a tudo. É um prisioneiro no meio da mais livre, da mais aberta das estradas: solidamente acorrentado à infinita encruzilhada. É o Passageiro por excelência, isto é, o prisioneiro da passagem. E a terra à qual aportará não é conhecida, assim como não se sabe, quando desembarca, de que terra vem. a sua única verdade e a sua única pátria são essa extensão estéril entre duas terras que não lhe podem pertencer". (no livro História da Loucura).
Eis um retrato do depressivo moderno: é prisioneiro de sua liberdade; navega pelo mar de seu sofrimento delirante e, quando se dá por "curado", desembarca numa realidade diferente daquela que partira.
Se o da Vinci diz...
(Leonardo da Vinci)
sábado, 2 de julho de 2011
Preciso
Apaixona-te por mim no meio de uma tarde de chuva, rua alagada, rosas na mão, um calor de desmaiar, um amor faminto, urgente, latejante, um amor de carne, sangue e vazantes, um amor inadiável de perder o rumo, o prumo e o norte, um amor de morte. Não me dês um amor adestrado que senta, deita, rola e finge de morto, que late, lambe e dorme.
Uma paixão felina, apaixona-me sorrateiramente e assim que eu me distrair, crava-me os dentes, as unhas, rola comigo e perde-te em mim e sê tão grande a ponto de me deixar perder.
Ama as minhas curvas, a minha alma, espalha-te nos meus versos, nos meus reversos, nos meus entalhes.
Faz-me sentir amada, desejada, glorificada, preciso, preciso tanto, que me ensines, que me fales, que me cales. Amén.
sábado, 25 de junho de 2011
Gosto em saber que a maioria das pessoas, vem cá ter pesquisando "lirismos".
Sei que o dia vai ser pesado..
Há dias que são filosofias, que nos insinuam interpretações da vida, que são notas marginais, cheias de grande crítica, no livro do nosso destino universal. Este dia é um dos que sinto tais. Parece-me, absurdamente, que é com meus olhos pesados e meu cérebro nulo que, lápis absurdo, se vão traçando as letras do comentário inútil e profundo"
(Fernando Pessoa)
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Sê paciente...
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
(Eugénio de Andrade)
sábado, 18 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
terça-feira, 14 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Será?
(M.R.P. in "Não há coincidências")
segunda-feira, 6 de junho de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
risos
quatro palavras
-Mas espera aí, só usaste três palavras!
-Exacto...
domingo, 22 de maio de 2011
"Do amor e outros demônios"
– “Quando páro a contemplar meu estado e ver os passos por onde me trouxeste…” – recitou. E perguntou com picardia: – Como continua?
- “Eu acabarei, pois me entregarei sem arte a quem me saberá perder e acabar” – disse ele.
Ela repetiu os versos com a mesma ternura e continuaram até o fim do livro, saltando trechos, pervertendo e tergiversando os sonetos conforme a conveniência, brincando com eles à vontade, com um domínio de donos.
Tarde da noite, depois de um dia inteiro de disfarces, se sentiam amados desde sempre. Cayetano, meio de brincadeira e meio a sério, se atreveu a soltar o cordão do espartilho de Sierva María. Ela protegeu o peito com as duas mãos; houve uma chispa de raiva em seus olhos e uma rajada de rubor lhe incendiou o rosto.
Cayetano lhe agarrou as mãos com o polegar e o indicador, como se estivessem em fogo vivo, e as afastou do peito. Ela tentou resistir, e ele lhe opôs uma força terna mas resoluta.
- Repete comigo – disse: – “Enfim a vossas mãos hei chegado.”
Ela obedeceu.
- “Onde sei que hei de morrer” – prosseguiu ele, enquanto abria o espartilho com seus dedos gelados. Ela repetiu quase sem voz, trêmula de medo:
- “Para que só em mim seja provado o quanto corta uma espada num rendido.”
Então ele a beijou nos lábios pela primeira vez.
O corpo de Sierva María estremeceu com um gemido, e ela soltou uma tênue brisa marinha e se abandonou à própria sorte. Ele passou por sua pele as gemas dos dedos, tocando-a muito de leve, e viveu pela primeira vez o prodígio de se sentir em outro corpo.
(Gabriel García Márquez)
sábado, 21 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
questões práticas=)
- Por favor, quero comprar arsênico.
- Mas..isso é veneno.. não posso vender ASSIM! Qual é a finalidade?
- Matar o meu marido!!**
- Pra este fim... não posso mesmo vender!!!
A mulher abre a bolsa e tira uma fotografia do marido, na cama com a mulher do farmacêutico.
- Ah bom!... COM RECEITA É OUTRA COISA
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Tentações...=)
quarta-feira, 18 de maio de 2011
lindíssimoérrimo!
terça-feira, 17 de maio de 2011
aflições.. e cenas maradas que entram num espiríto quando está a trabalhar de noite...
Ou não querer e ter.
Ou não querer e não ter.
Ou querer e ter.
Ou qualquer outra dessas combinações entre os quereres e os teres de cada um, afligia tanto."
(Caio Fernando Abreu)
A evolução dos concertos...
segunda-feira, 16 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
domingo, 1 de maio de 2011
mão indigna
-Sois muito injusto para com a vossa mão, bom peregrino, pois ela mostra nisto respeitosa devoção; as próprias santas têm mãos que são tocadas pelas dos peregrinos, e esse contato é como se fosse um beijo desses bons romeiros.
-As santas e esses bons peregrinos não têm lábios?
-Têm lábios, de que se podem servir só para rezar.
-Deixa então, minha santa querida, que os lábios façam o que fazem as mãos. Eles pedem, aceita a sua súplica, para que a minha fé não se mude em desespero.
-As santas não se movem, mesmo que atendam os rogos que lhes façam.
- Então não vos movais enquanto eu recolho o fruto da minha prece. Assim os teus lábios purificam o pecado dos meus.
(Beijam-se)
Diz assim o sempre amado Shakespeare
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Someone Like You
That you found a girl and you're married now
I've heard that your dreams came true
Guess she gave you things I didn't give to you
Old friend, why are you so shy?
Ain't like you to hold back or hide from the light
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight it
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over
Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you too
Don't forget me, I beg, I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love, but sometimes it hurts instead"
Sometimes it lasts in love,
but sometimes it hurts instead, yeah
You'd know how the time flies
Only yesterday was the time of our lives
We were born and raised in a summer haze
Bound by the surprise of our glory days
I hate to turn up out of the blue uninvited
But I couldn't stay away, I couldn't fight
I had hoped you'd see my face
And that you'd be reminded
That for me it isn't over
Nothing compares, no worries or cares
Regrets and mistakes, they're memories made
Who would have known how bitter-sweet
This would taste?
Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you
Don't forget me, I bet I'll remember you say:
"Sometimes it lasts in love,
but sometimes it hurts instead"
Sometimes it lasts in love,
but sometimes it hurts instead, yeah
À vontadinha!
pois sou...
(Marilyn Monroe)
segunda-feira, 25 de abril de 2011
OS MELHORES
Os melhores artistas são os que vivem na penúria, os maiores génios são os que obtiveram reconhecimento depois de morrer, a melhor notícia é a de abertura, o melhor do mundo foi o Pele. Os melhores momentos são aqueles que não estávamos mesmo a contar, o melhor do dia foi isto agorinha mesmo, o melhor orgasmo “desculpem mas não posso dizer!” a melhor caneta é aquela que não escreve no exacto instante em que precisávamos dela, o melhor lápis é aquele que desaparece no momento em que alguém do outro lado da linha nos diz “Quer apontar o número?” e nós do outro lado” Quero pois, estou só aqui à procura de um lápis que deve estar por aqui, é só um bocadinho se não se importa, porra para a porcaria do lápis que não aparece, oh querida viste o lápis? A melhor comida é a lá de casa, o melhor calor é o do Inverno, a melhor namorada foi a primeira, o melhor jogo foi aquele 6 a 3, a melhor fundação é a que faz lavagem de dinheiro, o melhor ladrão é o que rouba aos ricos para dar aos pobrezinhos, o melhor pudim- e agora cantemos todos juntos - "É pudim Danone! Não pares!Não pares!É pudim Danone!" - o melhor nariz é do Júlio Isidro, a melhor caldeirada é a que estamos metidos, o melhor número suplementar é o do totoloto, o melhor domingo é aquele em que passamos a ver filmes deprimentes deitados no sofá, o melhor tempo é o tempo da outra senhora, o melhor de tudo é termos saúde, a melhor série foi o verão azul, a melhor jornalista é a Clara de Sousa quando vem com uma saia curtinha, a melhor linha foi “Bingo!”.
A melhor mãe é a nossa, a melhor frase é aquela que nunca te disse, o melhor orvalho é o da manhã pela fresquinha, as melhores previsões meteorológicas eram as do Anthímio de Azevedo. Os melhores doces eram os da avó, a melhor canja é a de galinha, o melhor vizinho é aquele que só chama a polícia por volta das 2 da manhã, as melhores multas são as que são amnistiadas com a vinda do Papa, a melhor revolução foi o 25 de Abril, os melhores desenhos – com excepção da animação com bonecos de plasticina da Bulgária – eram os do Vasco Granja, a melhor aposta era a “ai que me esqueci de preencher o boletim!”, o melhor médico era o de família, as melhores compromissos são os inadiáveis, o melhor número será sempre o 115. O melhor partido é “aquela rapariga que é de boas famílias, filho!”, o melhor sindicalista foi o Torres Couto quando tinha bigode. A melhor noiva é aquela que chega mais de meia hora atrasada, o melhor aumento já foi há muito tempo, os melhores recibos são os verdes, o melhor da minha rua, sou eu."
Obrigado Fernando Alvim, tu é que sabes! =)
domingo, 24 de abril de 2011
"Reconhecimento à Loucura"
Já.
E tomar a forma dos objectos?
Sim.
E acender relâmpagos no pensamento?
Também.
E às vezes parecer ser o fim?
Exactamente.
Como o cavalo do soneto de Ângelo de Lima?
Tal e qual.
E depois mostrar-nos o que há-de vir
muito melhor do que está?
E dar-nos a cheirar uma corque nos faz seguir viagem
sem paragem
nem resignação?
E sentirmo-nos empurrados pelos rins
na aula de descer abismos
e fazer dos abismos descidas de recreio
e covas de encher novidade?
E de uns fazer gigantes e de outros alienados?
E fazer frente ao impossível
atrevidamente
e ganhar-Ihe, e ganhar-Ihe
a ponto do impossível ficar possível?
E quando tudo parece perfeito
poder-se ir ainda mais além?
E isto de desencantar vidas
aos que julgam que a vida é só uma?
E isto de haver sempre ainda mais uma maneira pra tudo?
Tu Só, loucura, és capaz de transformar
o mundo tantas vezes quantas sejam as necessárias para olhos individuais.
Só tu és capaz de fazer que tenham razão
tantas razões que hão-de viver juntas.
Tudo, excepto tu, é rotina peganhenta.
Só tu tens asas para dar
a quem tas vier buscar.
(Almada Negreiros)
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
eu gosto mesmo da Fnac!
Fica um cheirinho:
"Crônica do Amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem noódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.?"
(Arnaldo Jabor)
quarta-feira, 20 de abril de 2011
há 82 anos??

Foi há 82 anos..
Foi a semana passada...
Foi ontem...
P.S- Agora que escrevo apercebo-me...
É de mim ou há algo nesta palavra ("foi") que é absolutamente parvo?????
"Foi"??
É uma palavra, que enquanto palavra é absolutamente rídicula, algo naquela junção F-O-I não combina bem, como camisas aos quadrados com blazers ás riscas.
Parece um "Boi" a quem cortaram os corninhos do "B".
Não a sério... há algo na palavra "Foi" que não está bem. Só pode.
Ou eu estou com 40 de febre... Talvez seja disso.
Esperem aí.
Naaa. Está mesmo tudo bem, uns modestos 37.5. Mas obrigado pela preocupação.
Enfim, no mundo das palavras "estúpidas em si mesmas", que tem apenas quatro habitantes, aposto que por esta altura as palavras "Trigonometria", "Pelúcia" e "Badalhoco" estão a tramar alguma para limpar o sebo ao "Foi"...
E assim, poderemos dizer:
"Esse já FOI"
(Desculpem qualquer coisinha e voltem sempre!!! Melhores posts virão... inevitavelmente.)
terça-feira, 19 de abril de 2011
..ca raio de país este...
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas...'
(Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896)
sexta-feira, 15 de abril de 2011
fazes..
(Fazes-me falta-Inês Pedrosa)
quarta-feira, 13 de abril de 2011
13 de abril

Hoje é o tal do Dia Mundial do Beijo!
13 de Abril... ?
Terá sido o dia em que Robert Doisneau tirou sua famosa fotografia do beijo de um casal numa rua de Paris?
Foi esta a data na qual Rodin terminou sua clássica escultura apaixonante?
Ou o dia em que estreou nos cinemas "A Dama e o Vagabundo", o filme da Disney que mostra a cena em que os cachorrinhos beijam-se acidentalmente ao compartilhar um prato de espaguete?
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
receitas**
domingo, 10 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Primavera, doce Primavera...
Somente só
A sós contigo assim
E sei dos teus erros
Os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci
Parasse a vida
Um passo atrás
Quis-me capaz
Dos erros renascer em ti
E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim
Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só
Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz...
Se há tulipas
No teu jardim
Serei o chão e a água que da chuva cai
Para te fazer crescer em flor, tão viva a cor
Meu amor eu sou tudo aqui...
Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
Não sou tão só, somente só
(The gift)
segunda-feira, 28 de março de 2011
É? Mesmo?
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há-de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe,
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
(AC)
segunda-feira, 21 de março de 2011
To be, or not to be
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them? To die: to sleep;
No more; and by a sleep to say we end
The heart-ache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to, 'tis a consummation
Devoutly to be wish'd. To die, to sleep;
To sleep: perchance to dream: ay, there's the rub;
For in that sleep of death what dreams may come
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause: there's the respect
That makes calamity of so long life;
For who would bear the whips and scorns of time,
The oppressor's wrong, the proud man's contumely,
The pangs of despised love, the law's delay,
The insolence of office and the spurns
That patient merit of the unworthy takes,
When he himself might his quietus make
With a bare bodkin? who would fardels bear,
To grunt and sweat under a weary life,
But that the dread of something after death,
The undiscover'd country from whose bourn
No traveller returns, puzzles the will
And makes us rather bear those ills we have
Than fly to others that we know not of?
Thus conscience does make cowards of us all;
And thus the native hue of resolution
Is sicklied o'er with the pale cast of thought,
And enterprises of great pith and moment
With this regard their currents turn awry,
And lose the name of action. - Soft you now!
The fair Ophelia! Nymph, in thy orisons
Be all my sins remember'd."
(William Shakespeare- (from Hamlet 3/1)
sexta-feira, 18 de março de 2011
Sabem que mais, tenho uma palavra a dar a todos os que abrem as goelas para gritarem que são uns coitadinhos que herdaram um país em crise e estão à rasca (mas a conduzir o carro dos pais, a viver na casa dos pais, a vangloriarem o canudo patrocinado pelos papás, a fumar o tabaco financiado adivinhem lá por quem...)
Foram para a rua num dia destes queixarem-se da miséria em que estão...
Burgueses de caviar e fatos nova-iorquinos... Juventudes partidárias acéfalas...
Os papás ensinaram a vestir salsa e a dançar ballet, mas porventura esqueceram-se de lhes ensinar a fazer contas, contas à vida.
E depois é tudo doutor. Nunca vi tanto "Dr" por metro quadrado. Viam-se à rasca na 3ªclasse para construir uma frase com predicado mas, foram para faculdades privadas tirar o belo do cursinho, em vez de 3 anos fizeram render o curso em 5 (são díficeis que pensais?), e depois qualquer assistente social é doutor. O sr do talho da minha terra também usa bata branca, deverei enunciá-lo tambem como Dr?
Nesse dia da manifestação, estava de folga e sabem que mais, fui plantar batatas com a minha mãe.
Obrigada mãe, que me ensinaste que as coisas não caem do céu, o leite não vem dos supermercados e o "dr" a preceder o nome não dignifica tanto como o trabalho. Sim, "trabalho", que hoje em dia não se querem "trabalhos", pretendem-se "empregos", e de preferência pouco exigentes.
Perdoai-lhes senhor que não sabem o que fazem. Ah pois, eles não fazem nada, mas perdoa-lhes na mesma...
À rasca?.. epá, os meus pais ensinaram a sua prole a ser diferente: agradecida distintos progenitores por me permitirem ficar na escassa parte da juventude que prefere ser geração "do desenrasca!"
domingo, 13 de março de 2011
toque de midas...
Porque será que só tu não vês?
Esse prodígio extraordinário
Tens o toque de Midas, só que ao contrário!"
(Os Pinto Ferreira)
quinta-feira, 10 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
domingo, 6 de março de 2011
"O que Sempre Soube das Mulheres"
(Rui Zink-"Jornal Metro")
domingo, 27 de fevereiro de 2011
just... and something else
Doesn’t mean I’m lost
Doesn’t mean I’ll stop
Doesn’t mean I will cross" !!!
(Coldplay)